Como se estivesse em pranto, mas ao contrário, não chorava e o que era expelido seguia de fora para dentro. A preferência por pessoas eloquentes é nítida e talvez uma contradição, já que tímido – mas há um propósito: evitar o silêncio. Não que o silêncio seja um problema, quando só é necessário suportar sua verdade, e isso domina bem. Então as palavras saíam em sentido inverso ao do não-choro. E pareciam tão mais abstratas, estavam soltas sem meio de comunicação; sem destino. Nada que as justificasse, embora fossem necessárias. Dizer o que realmente quer dizer é menos importante que dizer a quem quer dizer o que quer que seja; ainda que sem destino. Compreender também não é tão importante. Surpreender e daí receber um sorriso em resposta, eis o mérito.

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Bacharel em direito pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) - MG. "Um sujeito preguiçoso e frio, algo quimérico, ravoável no fundo, que malandramente construiu para si próprio uma felicidade medíocre e sólida feita de inércia e que ele justifica de quando em vez mediante reflexões elevadas. Não é isso que sou?" A Idade da Razão - Jean-Paul Sartre.

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