Por que seria a minha dor menos legitimada
Para também ser fogo e ouro, e reluzir intensamente
Se o que se sabe da intensidade da luz
É que não permite concursos, nem se submete a escolhas?
Veja o Sol que me cega ou a coroa do Rei que me espanta...
Ambos encantam sem pedir licença.

Exijo que deixem a minha dor flamejar!
Como se não bastassem a ausência de motivo
E a constância de sua existência
Querem ainda que seja opaca e fria, tímida como o amor ao meio-dia...
Inevitável a revolta.

Que a minha dor seja como o ideal de todas as coisas
Livre para manifestar-se da maneira como preferir...
Que seja fogo e ouro, que arda e resplandeça
Porém, se o silêncio trouxer conforto, silencie-se
Ou a draga da rotina fingirá retirá-la de mim
N’um ato criativo de falsas verdades, de dubitáveis certezas.

PILOTO

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Bacharel em direito pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) - MG. "Um sujeito preguiçoso e frio, algo quimérico, ravoável no fundo, que malandramente construiu para si próprio uma felicidade medíocre e sólida feita de inércia e que ele justifica de quando em vez mediante reflexões elevadas. Não é isso que sou?" A Idade da Razão - Jean-Paul Sartre.

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