bonito!,
o sol detido no meio-dia, por uma eternidade
– meio-dia na vida dos homens.
o desespero a entreter o tempo:
dos beijos, o sabor do suor que não sacia,
tampouco surpreende
aqueles que se descobrem coisa.
na imobilidade do vento e das horas
os carros na avenida se assemelham a rochas
naturalmente postas no fundo de um rio.
o silêncio na boca das pessoas
mostra, então, que não há mistério
algum,
na vida, apenas sóbrias incertezas.