O tempo e a distância sempre atuantes:
(I) “Aqui, vocês têm o relógio; lá, temos o tempo”. Não tenho o tempo, e apenas sei das horas para chegar atrasado e perder prazos.
(II) Parti muitas vezes por não saber o fim da história, essa a distância em mim.
Qual a força do tempo sobre nós? Conceitos mudam, imagens são distorcidas... Como justificar o que fica? A distância em meus ombros... Como entender uma presença invisível? Ansiedade...
Cidades crescem enquanto dormimos, pessoas nascem, pessoas morrem. Ouvi histórias absurdas, vivi estórias igualmente absurdas, como se a minha realidade transcendesse esse plano. Por isso perdi a clareza. A minha predileção pelo absurdo tem aumentado. As pessoas tendem a desaparecer, buscar pessoas que as vejam de forma diferente, mas é impossível quando se é uma só imagem a estampar um corpo de aparência frágil, facilmente manipulada, que se entrega tanto. Ontem eu tive um sonho, por isso resolvi lhe escrever. Sou um sonho.
Você é uma casa em que residi e da qual me mudei. Acontece que antes eu deveria ter escutado você-casa dizer:
“- Não, você não será a mesma pessoa depois que sair desta casa. Avisei-lhe antes, porém veio. Aqui esteve. Esta casa sente a sua partida. Se o que lhe resta é ir embora... Mas vá sabendo que esta casa está em você.”


PILOTO

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Bacharel em direito pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) - MG. "Um sujeito preguiçoso e frio, algo quimérico, ravoável no fundo, que malandramente construiu para si próprio uma felicidade medíocre e sólida feita de inércia e que ele justifica de quando em vez mediante reflexões elevadas. Não é isso que sou?" A Idade da Razão - Jean-Paul Sartre.

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