Ah, pobre coração
Nunca são adequados
O talento que não tem para os quadros
A voz que lhe falta para a nossa canção
Brilha como lhe convém
Nas manhãs em que é hostilizada
Acusa, ofende, ri – fera civilizada
Não reconhece o desdém
Em tudo permanece ausente
E vela a sua incongruência
E disfarça a sua indecência
Assassina seu único descendente
Concede um mergulho profundo
No flash de um raro sorriso
Seu organograma preciso