A poesia retorna

No tremor da caneta

– E na mediocridade assumida –

Como uma inimiga,

De concretude impossível,

Como um amor

Reiteradas vezes negado,

Deixado de lado,

Entregue ao bolor e ao tempo.


Volta orgulhosa.

“Fite o horizonte, esqueça o chão

E seus pés (inúteis)

Que não o levarão a lugar algum –

Você está em você”,

Me diz meu maior desafeto,

Contrário a tudo que é pequeno

E também ao tempo, porque passa.


A poesia retorna, e reafirma a mediocridade

– A minha!

“Por que levar a sério o que não é levado a sério?”,

Pergunta meu desafeto. Atesto sua sinceridade,

Enquanto a claridade da noite me consome.


PILOTO

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Bacharel em direito pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) - MG. "Um sujeito preguiçoso e frio, algo quimérico, ravoável no fundo, que malandramente construiu para si próprio uma felicidade medíocre e sólida feita de inércia e que ele justifica de quando em vez mediante reflexões elevadas. Não é isso que sou?" A Idade da Razão - Jean-Paul Sartre.

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