DOMINGO




Querem acabar com meu domingo, mas não permito, não cedo, afinal, essa é uma tarefa que cabe a mim mesmo, e ninguém a faz melhor. O domingo está para mim como um pato em meio a meia dúzia de galinhas, ou – intentando uma comparação mais esdrúxula – um agnóstico em meio a meia dúzia de evangélicos, e com o mesmo grau de descaramento: não há moralidade no domingo que carrego em mim. O domingo é tudo, menos careta. Por isso querem tanto acabar com ele. Há todo o desespero que entremeia o hedonismo do sábado e a caretice da segunda, de forma tal que, em certos domingos, surto, desregulo meus horários, cometo exageros – domingo é lindo. Mas, então, uns poucos que não o entendem chegam em mim e em minha concepção loquaz querendo acabar com tudo. Como diz a malandragem, don’t fuck up the rotation.

PILOTO

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Bacharel em direito pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) - MG. "Um sujeito preguiçoso e frio, algo quimérico, ravoável no fundo, que malandramente construiu para si próprio uma felicidade medíocre e sólida feita de inércia e que ele justifica de quando em vez mediante reflexões elevadas. Não é isso que sou?" A Idade da Razão - Jean-Paul Sartre.

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